¿Que importa enveredar por este ou por aquele caminho desde que se conquiste
uma recompensa que satisfaça o nosso egoísmo?
¿Que importa pôr hoje de parte um princípio austero e nobre se ele pode ser um
impedimento à satisfação de um desejo momentâneo?
¿Que importa fechar os nossos ouvidos à voz impertinente da virtude se
dispensando os seus concelhos podemos aumentar imediatamente os nossos proventos
embora cerceando ignobilmente os alheios e prejudicando a colectividade?
¿Que importam o direito e o bem-estar dos outros, se sómente nos preocupamos
com a nossa própria comodidade?
Revista do Instituto Superior de
Comércio de Lisboa – Lisboa, Junho de 1919, páginas
115 a 119, da autoria do Prof. Caetano Beirão da Veiga.
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