O DN de hoje publica uma entrevista a José Saramago, que lança na segunda-feira próxima o novo romance Ensaio sobre a lucidez.
Destaco algumas das frases por si pronunciadas, nomeadamente:
- 'Nós cidadãos, sentimos que não temos importância no modo como funciona a sociedade'.
- 'O poder efectivo real é o poder económico. E o poder económico não é democrático. Esta dir-se-ia a grande contradição do sistema'.
- Os destino do mundo são geridos por umas quantas multinacionais, cujos conselhos de administração não se apresentam ao eleitorado.'
- 'Digo, às vezes, que o mais importante nas minhas obras são as epígrafes. O leito não fique por aí; leia e pense!'.
- 'Escrevo para compreender. Sobretudo, a partir de 'Ensaio sobre a cegueira'', tento refletir sobre a situação do mundo, o indivíduo e as suas responsabilidades.'
- 'Se não houver uma revolução de consciências, a Humanidade estará perdida'.
- 'Não tenho a certeza de que um livro possa mudar seja o que for. Devemos, no entanto, dizer o que pensamos.'
- 'Eu não invento nada. Limito-me a levantar a pedra e a mostrar o que está debaixo. Mas quase todos os meus romances partem de uma impossibilidade.'
Segundo ainda informa o DN, as tiragens portuguesas dos livros de José Saramago atingiram dois milhões de exemplares, e o ´Memorial do Convento' é a obra de topo com tiragens acima de 230 mil exemplares.
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