Este é o meu 1.600 post neste blogue. É sempre difícil manter uma certa continuidade, mas há felizmente uma grande disponibilidade de notícias que nos fazem refletir e sobre elas deixar aqui alguns apontamentos.
A última que vejo, no Público, de Ana Gerschenfeld, com o título "Terceira idade revista e corrigida", dá que pensar e no bom sentido.
Relata o que ocorre em Cúmbria, no noroeste de Inglaterra, em que o antigo sinal de trânsito, chamando a atenção para a presença de idosos caminhando à beira da estrada, mostrando um casal de velhotes ambos curvados, com o peso dos seus anos, agarrados aos seus cajados, agora o mesmo sinal mudou de aspecto; o casal, embora de idade, apresenta-os todos desempenados, como que acabados de sair do ginásio e o velhote todo animado tem o cajado levantado para o horizonte, como que saltando um grito de alegria e esperança apontando ainda para o que ainda tem a descobrir.
É sem dúvida um belo quadro sinalético e oxalá que os velhos ao olhá-lo possam encontrar novas forças que possam endireitar os seus corpos, tantas vezes doridos.
Nota-se já por aí que há quem defenda uma nova classificação etária, acrescentando às três já classificadas, mais uma e chamando-lhe a "quarta idade". Achamos no entanto que o número três nas nossas vidas tem um significado mais mágico e simbólico do que qualquer outro e, por isso, em vez da quarta idade, somos apologistas de que deveria chamar à actual "terceira idade", a "segunda avançada", e continuando a manter a terceira, embora também avançada na escala dos anos.
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