Pinto da Costa considera trabalho de Scolari «uma palhaçada»
O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, reforçou, durante a entrega do prémio de Gestão do Desporto, as críticas que foram tecidas na véspera ao trabalho do seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari, e aos dirigentes federativos que, para o líder azul e branco, continuam a «aguentar» o técnico brasileiro.
Pinto da Costa foi ainda mais longe e rotulou o assunto de uma «palhaçada», manifestando a sua insatisfação perante o serviço prestado por Scolari.
O presidente portista começou por abordar as suas críticas proferidas na véspera, adiantando que «não disse tudo» e que há «coisas que ultrapassam o que considero razoável, não posso calar a minha voz».
«Vou deixar uma reflexão para todos aqueles que querem que Portugal obtenha grande sucesso em tudo o que participe, porque depois de garantido o sucesso dos estádios e de todas as respectivas vias de acesso, entendo que há duas questões fundamentais: a primeira é preparar a Selecção, ver e analisar a capacidade de novos valores; a outra, quer se seja dragão ou não, é a permanência do FC Porto na Liga dos Campeões, onde neste momento apenas estão oito dos melhores clubes europeus», destacou, voltando de imediato o seu discurso para as críticas à forma como está a ser dirigida a equipa lusa.
«Não me parece que se possa aceitar que a oito dias dos quartos-de-final da Liga dos Campeões e antes de um jogo intercalar que o FC Porto tem que disputar para a Superliga, se sentem no banco de Portugal jogadores que foram seleccionados e que, após terem feitos ecografias, se comprovou que estavam incapacitados de poder alinhar pela selecção», afirmou.
«Isto é uma palhaçada! Ver no banco de suplentes, como se viu, jogadores como o Petit e como o Rui Jorge equipados, sabendo-se que estão lesionados, é brincar com coisas sérias», adiantou Pinto da Costa que aproveitou para aprofundar a sua indignação perante a sobrecarga de esforço a que considera ter sido sujeito o médio portista Costinha no jogo particular frente à Itália.
«Eu não permito que se brinque com coisas sérias e, como a Selecção Nacional e o FC Porto para mim são coisas muito sérias, não posso permitir que a oito dias de um jogo tão importante [Lyon-FC Porto], se obrigue um jogador [Costinha] a um esforço total de 90 minutos, a correr pelos outros que não corriam, porque os suplentes no banco estavam só a fazer número por estarem lesionados», concluiu.
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