domingo, julho 23, 2006

Crise Israelo-Libanesa

No 12º dia das hostilidades

"O ministro da Justiça de Israel, Haim Ramon, disse hoje que o objectivo da operação militar realizada por Israel no Líbano é de afastar as milícias do Hezbollah para 20 quilómetros a norte da fronteira israelita.

"O objectivo da operação é conseguir uma situação em que não exista um membro do Hezbollah armado a 20 quilómetros da nossa fronteira", afirmou, em declarações à rádio militar, o titular da pasta da Justiça, sem revelar mais pormenores.

A aviação israelita está a bombardear várias localidades do sul do Líbano, atacando em sete raides os bairros do sul de Beirute, feudos do Hezbollah que ficaram quase destruídos, e entrando pela primeira vez na cidade de Sidón.

Na fronteira prosseguem os combates. Por seu turno, o Partido de Deus disparou dois "rockets" contra a cidade israelita de Haifa, fazendo dois mortos.

No Líbano, pelo menos uma pessoa morreu e outras sete foram feridas nas primeiras horas do dia na região oriental de Baalbeck, onde várias aldeias e cidades foram objecto dos ataques aéreos israelitas. Os bombardeamentos destruíram fábricas, habitações e locais de culto, de acordo com fontes policiais e medias locais.

Para já, não se verificou ainda uma incursão terrestre de grande envergadura no sul do Líbano, mas à medida que se vai esgotando o tempo dado por Washington que tem permitido a Israel agir por sua conta e risco, o Governo hebraico começa a intensificar as suas acções.

Ontem, o ministro da Defesa, Amir Peretz, admitiu a possibilidade de uma operação terrestre de grande envergadura, embora Israel já tenha dito por várias vezes que não pretende reocupar o Líbano.

Até ao momento, a Casa Branca tem-se limitado a acusar o Irão e a Síria de estarem a apoiar o Hezbollah, um movimento que parece ganhar cada vez mais força à medida que os ataques se intensificam sobre si. O espírito de sacrifício da vida inerente à visão fundamentalista do Islão, que se pode encontrar nos suicidas, parece sustentar a ideia de que o Hezbollah nada tem a perder, face ao inimigo."

Fontes: DN, SEMANÁRIO

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