sexta-feira, novembro 25, 2005

Portugal - Hino Nacional


"Quão doce é o louvor e a justa glória
Dos próprios feitos, quando são soados!
Qualquer nobre trabalha que em memória
Vença ou iguale os grandes já passados;
As invejas da ilustre e velha história
Foram mil vezes feitos sublimados.
Quem valorosas obras exercita,
Louvor alheio muito o esperta e incita
Luís de Camões - Lusíadas - Canto V, nº 92."


"A Portuguesa"

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitoria!


Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!


Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu juncundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!


Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!


Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.


Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!


Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil

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