domingo, abril 23, 2006

Vasco Pulido Valente


O patriotismo português

Na sua coluna de hoje, no Público, Vasco Pulido Valente escreve um interessante artigo, que merece reflexão de muito boas pessoas, com o título 'O patriotismo português', falando acerca da série de televisão Poirot, que não mais é do que a glorificação do patriotismo britânico, comparando-o com o comportamento dos portugueses neta área.

Como leitor assíduo daquele matutino, os escritos daquele colunista são sempre lidos, e embora algumas vezes possa não concordar com o desenvolvimento de alguns temas, o facto é que o acima mereceu o meu inteiro aplauso.

E diz : "Infelizmente há séculos que Portugal não dá aos portugueses nenhum autêntico motivo de orgulho", razão da falta desse chama de patriotismo.

Certamente que o povo britânico tem muitas e boas razões para expressar o seu patriotismo, algo que é caldeado ao longo dos séculos nos espíritos das populações.

A sua história é um manancial de factos marcantes que assinalam um passado glorioso sempre dirigido para o futuro, na grande preocupação de legar aos vindouros essa chama que desejam continuar a arder.

Por razões profissionais e outras, tivemos a oportunidade de visitar e viajar pela Grã-Bretanha que, pelo tempo somado ao longo de mais trinta anos, entre estadias curtas e prolongadas, consideramos este país como um segundo país.

Temos presente ainda a ideia da existência de museus de vários níveis, onde procuravam preservar tudo o que era significatico ou valioso, não só em termos de espólio, das artes, actividades ou de simples tradições; havia os museus de aldeia em qualquer sítio.

Nós por cá, era costume dar cabo de tudo o que não desse dinheiro imediato, pois guardar 'coisas' só dava despesa. Felizmente que as mentalidades já mudaram, mas lá pelo que vimos essas acções já vinham de longe.

Nesses museus encontrávamos grandes grupos de jovens alunos a quem era mostrado esse património que a todos pertencia.

Tudo era conservado, restaurado, de modo que servisse de ponto de referência e de foco de entusiasmo pelo que se passou nessas terras ao longo dos séculos.

Isto naturalmente deixa marcas num povo, assim como todas as medidas de educação e de desenvolvimento.

Para eles, ingleses, tudo o que foi feito, foi bem feito, pelo menos até quase aos tempos recentes. É um povo glorioso!




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