Cientistas norte-americanos definem o estatuto do Plutão como planeta
Os cientistas norte-americanos contestaram hoje a recente decisão da União Astronómica Internacional de retirar a Plutão o seu estatuto de planeta, numa petição que rejeita a nova definição do que é um planeta.
A decisão, tomada a 24 de Agosto, provocou uma onda de debate sobre o estatuto de Plutão, no limite do nosso sistema sola Alan Stern, organizador da petição, assinada por 300 cientistas, denuncia que a decisão da União Astronómica foi motivada por questões políticas e não científicas.
A União “pode dizer que o céu é verde todo o dia mas isso não o torna verdade”, comentou Stern, um cientista do Southwest Research Institute em Boulder, no Colorado.
O cientista acrescenta que a União “criou uma definição tecnicamente inflacionada (...) e cientificamente embaraçosa”.
Segundo Stern, os 300 cientistas que assinaram a petição,garantem que não vão usar a definição da União Astronómica e adiantou que estão a organizar uma conferência para 2007 para encontrar uma definição melhor.
Plutão foi considerado o nono planeta do sistema solar desde que foi descrito, em 1930. Agora, os planetas do sistema solar são Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Plutão passou a ser considerado um planeta anão.
Segundo a nova definição, para que um corpo celestial possa ser considerado um planeta deve orbitar em torno de uma estrela, ter massa suficiente para ter gravidade própria e assumir uma forma arredondada e ser dominante na órbita. Esta última norma foi determinante para desclassificar Plutão, que até se cruza com o "vizinho" Neptuno na sua órbita em torno do Sol.
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