Colocação manual é "anedota mundial"
Fenprof reage à decisão de fazer as listas de colocação de professores à mão
"A Federação Nacional de Professores classifica de "anedota mundial" que o Ministério da Educação tenha substituído o sistema informático de colocação de docentes por um método manual. A estrutura sindical está satisfeita com a decisão, mas estranha o "abandono da modernidade".
António Avelãs disse à Lusa que a decisão da ministra da Educação de proceder à colocação manual dos docentes, permitindo, assim, a continuação do concurso, "vem ao encontro das propostas da Federação Nacional de Professores (Fenprof)."
O dirigente assegurou que a Fenprof "veria como um retrocesso qualquer solução que não fosse esta", por ser a que assegura mais justiça ao processo.
O membro do Secretariado Nacional da Fenprof não deixou, no entanto, de estranhar que "em pleno século XXI" o Ministério da Educação se veja obrigado a abandonar um processo informático para optar por um processo manual, opinando que se trata de "uma anedota mundial".
António Avelãs manifestou ainda dúvidas sobre a data limite de 30 de Setembro anunciada pela ministra para a publicação das listas de colocação, sublinhando tratar-se, agora, de um processo manual.
Finalmente, o dirigente da Fenprof destacou uma nota negativa na comunicação da ministra, afirmando que Maria do Carmo Seabra "não foi séria" ao anunciar que 62 por cento das escolas estavam a funcionar.
"Não é verdade. É puro ilusionismo", garantiu António Avelãs, adiantando que mesmo as escolas que abriram a 16 de Setembro "têm, neste momento, grandes dificuldades de funcionamento".
Esquerda apela à reforma
Dos partidos da esquerda, surgem entretanto as críticas à forma como está a decorrer a abertura do ano lectivo. Os três candidatos à liderança do PS lamentam a forma como a ministra da Educação conduziu o processo.
Manuel Alegre disse mesmo que se fosse secretário-geral do PS, já tinha pedido uma intervenção superior para resolver o problema.
O Bloco de Esquerda considera, por seu lado, que a ministra ignorou a lei ao anunciar o recurso à colocação manual dos docentes, e o PCP pede uma reforma na educação.
Octávio Teixeira disse esperar que o problema da colocação de professores não seja rapidamente esquecido, como costuma acontecer com as grandes crises nacionais. O comunista pede uma reforma de fundo na educação." - in Sapo On-line
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