A história do “Correio da Azia” permanece desconhecida porque o incêndio, há alguns anos, nos serviços onde está instalada a Marinha fez desaparecer muitos documentos.
O Museu Marítimo da Austrália Ocidental indica, no entanto, que alguns sobreviventes do naufrágio conseguiram chegar até Macau no barco de salvamento e regressaram a Lisboa, numa embarcação chamada Emília.
A informação do navio tem por base o diário do capitão do Emília, Luís António da Silva Beltrão, que escreveu que seguiam a bordo do seu navio alguns tripulantes do “Correio da Azia” e o seu ex-capitão, João Joaquim de Freitas.
Com a descoberta do navio, o Museu termina uma busca que durava há mais de 16 anos, segundo o Ministério da Cultura australiano.
O naufrágio do navio era desconhecido até 1988, quando documentos importantes, incluindo o diário do capitão, foram descobertos em Lisboa. Desde então, o Museu Marítimo da Austrália Ocidental destacou três expedições para encontrar o navio, sem sucesso até agora.
A localização exacta do “Correia da Azia” vai permanecer confidencial até o Museu recuperar peças para identificação e estar estabelecido um plano para garantir a preservação do local.
Em declarações à Agência Lusa, o director do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática congratulou-se com a descoberta do "Correio da Azia", encontrado por "uma das mais famosas equipas de arqueologia subaquáticas".
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