quinta-feira, maio 20, 2004

Sevícias nas prisões da coligação

Sevícias acabaram nas prisões da coligação

"O responsável das prisões da coligação no Iraque, Geoffrey Miller, garantiu hoje que já não existem sevícias nas prisões a cargo das forças coligadas. O general admitiu ainda «três ou quatro factos» no passado em Guantanamo.

«Posso afirmar, com uma certeza total, que actualmente já não se registam sevícias nos centros de detenção das forças multinacionais no Iraque», disse o general Geoffrey Miller à televisão norte-americana ABC.

O responsável das prisões da coligação no Iraque, apesar de estar seguro do fim dos maus tratos, está convencido que as forças da coligação «vão continuar a obter informações válidas e úteis» para «ajudarem (os Estados Unidos) a vencer esta guerra» e «salvar vidas norte-americanas».

Nesta entrevista à ABC, o general condenou ainda a divulgação pelas televisões norte-americanas de duas novas fotografias, que mostravam soldados norte-americanos a sorrir perto de um cadáver na prisão de Abu Ghraib.

O responsável das prisões da coligação no Iraque diz que são atitudes «pouco convenientes», acrescentando que os actos em causa referem-se «a um muito pequeno número de soldados».

Miller admite sevícias em Guantanamo

Geoffrey Miller, antigo comandante do campo de detenção de Guantanamo, em Cuba, admitiu ainda no interrogatório sobre o escândalo das sevícias pela comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA, que naquela prisão existiram vítimas de tortura.

O general, sem avançar mais pormenores, admitiu «três ou quatro casos» de sevícias em Guantanamo, em que os soldados responsáveis foram julgados pela polícia militar. Um deles foi julgado por um tribunal marcial e os restantes punidos pelo «artigo 15».

Os processos previstos neste último caso dizem respeitos a delitos menores e prevêem que um juiz militar decida sozinho a sentença, sem julgamento, salvo se o acusado pedir.

Miller sublinhou ainda que este pequeno número de casos era o resultado de uma «direcção forte e dinâmica da cadeia de comando, 24 horas por dia, sete dias por semana, que não dão azo à ocorrência de sevícias».



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